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Sábado Cultural na Fundação Santo André


Ementas:

01/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E A ÁFRICA: CONTRADIÇÕES – Deivison Nkosi
A palestra tem o objetivo de abordar criticamente a imagem mítica (reíficada) do continente africano difundida por cientistas sociais vinculados às ideologias colonialistas. Será do mesmo modo objeto de discussão, a participação dos pensadores negros adeptos do Pan Africanismo no enfrentamento ou reforço de tais reificações. As concepções produzidas na Europa dos sec XIX e XX (tais como D. Didert; F. Voltaire; C. Carus; G. W. F. Hegel; A. Gobineau etc), serão confrontadas com a obra de alguns pensadores africanos e afro-americanos (como W.E.B Dubois; L. S. Sengor; A. Cesaire; C. A. Diop, M. K. Assante etc).  Pretende-se ao fim apresentar panoramicamente as pesquisas de C. Moore, E. Biko; e F. Fanon como esforços, reconhecendo as suas diferenças e equívocos, em captar as especificidades da objetividade social africana afirmando, ao mesmo tempo, o caráter universal da história humana.
Deivison Nkosi: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André (2005); mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC; professor do Departamento de Estudos Sociais História e Geografia da Faculdade de São Bernardo como docente da disciplina História da Cultura Afro-brasileira e Indígena; consultor nos temas: africanidades, racismo, relações raciais e educação; Lei 10.639/03, e saúde coletiva.

01/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E RACISMO – Weber Lopes Goes
A palestra tem como objetivo abordar o papel das Ciências Sociais na captação das determinações do racismo em nossa atualidade. A partir dos clássicos na área das Ciências Sociais, será demonstrado como os autores tais como Guerreiro Ramos, Oracy Nogueira, Florestan Fernandes, Otavio Ianni, Clóvis Moura e outros mais, apreenderam a objetivação do racismo na sociedade brasileira. Ainda, busca delinear qual a contribuição que as Ciências Sociais podem nos oferecer para a apreensão das nuances do racismo em nossa atualidade, visto que na atual conjuntura nos deparamos com proposituras para sanar as desigualdades étnico-raciais em nosso país - ação afirmativa e o Estatuto da Igualdade Racial - que aparentemente nos apresentam uma não existência do racismo hoje.
Weber Lopes Góes: graduado em História pela Fundação Santo André e pós-graduado em Ciências Sociais: Economia-mundo, Arte e Sociedade (especialização) pela mesma instituição. 

08/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E REVOLUÇÃO – Vânia Noeli F. Assunção
As ciências sociais, voltadas que estão para o entendimento da realidade humana, têm de se preocupar com os momentos históricos em que ocorrem transformações substanciais que marcam época e criam uma nova situação só superada por outro momento destes. As revoluções em geral, e aquelas ocorridas sob o domínio do capital em particular, são fundamentais para a compreensão da gênese (e, portanto, da natureza última) de importantes processos. Sob o capitalismo, elas se voltam à transformação radical da sociedade ao questionar a propriedade privada, base e sustentáculo deste modo de produção. Algumas das principais revoluções desta era são: as Revoluções de 1848 na Europa, a Comuna de Paris, a Revolução Russa e a Revolução Espanhola.
Vânia Noeli F. Assunção: graduada em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André; mestre e doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP; professora dos cursos de pós-graduação em Ciências Sociais: Economia-mundo, Arte e Sociedade da Fundação Santo André e em História, Sociedade e Cultura da COGEAE- PUC; atua como socióloga na Diagonal Urbana Consultoria.

15/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E FILOSOFIA – Ronaldo Gaspar
Com a laicização e a desantropomorfização do pensamento moderno, culminando na configuração das ciências naturais e sociais da atualidade - embora, no caso destas, de modo mais complexo e tardio -, a filosofia parece ter sido esvaziada de parte substancial de seu conteúdo. Trata-se, então, no campo das ciências sociais, de refletir sobre o papel da filosofia num momento em que as ciências parecem monopolizar o conhecimento adequado e legítimo da realidade.
Ronaldo Gaspar: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André; mestre em Sociologia pela Unicamp; doutor em Ciências Sociais pela PUC-SP; professor de Sociologia da Unicastelo.

19/10: CIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE CAPITALISTA: limites e possibilidades de uma perspectiva sociológica crítica e humanista no ensino institucional atual – Bruno Monteforte
Diante de um mundo capitalista cada vez mais inserido em crise social constante, a difusão de uma perspectiva crítica e humanista, que busque realizar a crítica do mundo atual e perspectivar alternativas futuras e viáveis (do ponto de vista humano) torna-se cada vez mais necessária. No entanto, a educação institucional sofre as influências perversas da barbárie contemporânea, baseada na satisfação do lucro e dos interesses estritamente privados, em detrimento do bem-estar social e genuinamente humano. Na educação institucional, essa influência se faz presente tanto em termos ideológicos quanto em suas formas de organização e gestão. Vale dizer que a situação se agrava ainda mais quando nos referimos a países em posição subordinada na nova ordem do capitalismo mundial, tais como o Brasil. Sendo assim, reflexões sobre os limites e possibilidades reais de uma perspectiva crítica e humanista no interior deste quadro caótico tornam-se necessidade imperativa aos que cultivam tais preocupações (e à humanidade em geral). Por ser polo de reflexão sociológica crítica e, ao mesmo tempo, de formação de docentes, o curso de Ciências Sociais da FSA encontra-se particularmente inserido no bojo dessa discussão.
Bruno Monteforte: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André; pós-graduando (especialização) em História, Sociedade e Cultura pela PUC-SP; professor de Sociologia do ensino médio.

20/10: CIÊNCIAS SOCIAIS, MERCADO DE TRABALHO E COMPROMISSO ÉTICO – Marcos Melão Monteiro
Será abordado o histórico desta disciplina na grade curricular da educação pública, as lutas travadas, sua importância enquanto atividade científica, o campo de trabalho e a ética necessária nessa profissão e as novas possibilidades abertas para os cientistas sociais.
Marcos Melão Monteiro: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André. Como metalúrgico já atuou como: Comissão de Mobilização, Cipeiro, Comissão de Fábrica, Diretor Sindical e Vereador. Com a formação em Ciências Sociais, já atuou como professor da rede pública nas disciplinas de Sociologia, História e Geografia. Atualmente, é funcionário público estadual concursado na Secretaria de Desenvolvimento Social – SEDS e militante do Fórum Estadual de Trabalhadoras e Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social.

29/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E TRABALHO – Carlos Gasparini
A palestra pretende mostrar que o trabalho é a protoforma da atividade humana, ação perene que caracteriza o ser social na sua infinita jornada de produzir e reproduzir as suas condições materiais de vida percorrendo toda a processualidade histórica que conforma os indivíduos enquanto produto e produtores de si mesmos pela generalização de suas atividades laborativas que exigem a colaboração de outros homens, tornando possível e essencial a vida societária. Condição eterna da existência humana o trabalho é portanto condição sine qua non em que radica, em última instância, a história sem fim da auto-construção humana. Para tanto, a palestra busca fundamentação teórica em trechos selecionados da obra de dois clássicos das Ciências Sociais - Karl Marx (1818-1883): os Manuscritos Econômico-Filosóficos (1844), A Ideologia Alemã (1845-46) e O Capital (1867); e Friedrich Engels (1820-1895): Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem (1896) e A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884).
Carlos Gasparini: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André; mestre em História pela PUC-SP; professor de Sociologia.

29/10: CIÊNCIAS SOCIAIS E FORÇAS PRODUTIVAS – Sandro Assêncio
A palestra pretende mostrar que todas as condições materiais, com as quais o ser social deve interagir a fim de produzir os meios que permitam a manutenção de sua vida, são suas forças produtivas – a base material de sua atividade. Para além dos instrumentos e técnicas de produção, as forças produtivas são eminentemente forças sociais, que, ao mesmo tempo, produzem e são produzidas pela energia prática dos homens – a infinita capacidade de configuração de si e de seu mundo. Verdadeira base na qual o desenvolvimento humano se efetiva, as forças produtivas são o livro aberto da história da humanidade: mostram às sucessivas gerações o caráter genérico de sua produção, onde o trabalho exercido pelas gerações precedentes é sempre sacrifício àquelas que estão por vir. Mas sacrifício humanamente entendido, portanto, fruição humana, ou seja, atividade que tem como resultado o alargamento da base de desenvolvimento dos homens. Para tanto, a palestra busca fundamentação teórica em trechos selecionados da obra de um dos clássicos das Ciências Sociais – Karl Marx (1818-1883): os Manuscritos econômico-filosóficos (1844), a A ideologia alemã (1845-46), e O capital (1867), assim como da bem conhecida “Carta a Paul Annenkov”, datada de dezembro de 1846.
Sandro Assêncio: graduado em Ciências Sociais pelo Centro Universitário Santo André; mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP; professor do curso de pós-graduação (especialização) em Ciências Sociais: Economia-mundo, Arte e Sociedade da Fundação Santo André.
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